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Rui Rio acusa António Costa de tentar criar “uma polémica em torno da classe média”, para esconder “as notórias dificuldades” que o Primeiro-Ministro demonstrou no debate televisivo de quinta-feira à noite.
Rui Rio, que falava esta sexta-feira, no final de uma visita a uma empresa da área digital em Torres Novas, distrito de Santarém, considera que António Costa “reduziu a classe média” e transformou-a “numa franja de pessoas mais desfavorecidas”. “A classe média é a que tem levado mais pancada com a governação do PS, desde sempre (…), mas particularmente nestes seis anos. Um país desenvolvido é um país com uma grande classe média. Um país subdesenvolvido é um país que quase não tem classe média”, declarou.
O Presidente do PSD sublinha que quando “o salário médio está pouco acima dos mil euros e a mediana está nos 900 euros”, isso significa que “temos uma classe média fraca”.
Rui Rio diz que o Primeiro-Ministro procura, deste modo, refugiar-se numa “rábula”. “Ele [António Costa] sente isso. Ele percebe isso e tentou inventar ali uma rábula em torno da classe média, porque percebeu que, no debate, não conseguiu vincar grandemente as suas opções, ou se conseguiu elas não convencem os portugueses face aos seis anos que ele tem de governo”, acrescentou.
Sobre o Serviço Nacional de Saúde, Rui Rio explica que apesar de o PS andar “com uma lupa a ver os documentos todos que o PSD anunciou, a ver se na linha 38 da página 24 [do programa eleitoral do PSD] consegue apanhar alguma coisa”, o PSD é inequívoco: “ninguém pode deixar de ser tratado [de receber cuidados de saúde] por falta de meios financeiros”.
Em relação à TAP, Rui Rio frisa que, depois de injetado “muito dinheiro” dos contribuintes portugueses, é preciso “encontrar” um investidor que “queira comprar a participação do Estado e assuma a gestão” da companhia aérea.
Na visita desta manhã, Rui Rio destaca que o PSD tem como prioridade, entre as suas propostas políticas que apresenta aos portugueses, apostar na criação de “melhores empregos e melhores salários”. E um dos exemplos deste modelo económico é Digidelta, empresa de Torres Novas, “que não precisa de um decreto para aumentar o salário mínimo, pois tem condições para pagar acima desse próprio decreto”.