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Luís Montenegro critica as alterações que o Governo, os deputados do PS e do BE pretendem introduzir no âmbito da denominada “agenda de trabalho digno” e que irão prejudicar as empresas e os trabalhadores. “Fico completamente perplexo como é que o PS se vai pôr outra vez nos braços do BE a defender uma proposta que tem origem precisamente neste partido”, referiu.
Na Meda, após ser recebido na Câmara Municipal, esta quinta-feira, o líder do PSD considerou que estas alterações vão criar “dificuldades no acordo por cessação do contrato de trabalho”. “Estão a prejudicar as empresas, mas sobretudo os trabalhadores, [que] vão ser obrigados a ir para os tribunais negociar indemnizações, porque lhes é negada a possibilidade de fazerem [cessação] por mútuo acordo”, especificou.
Luís Montenegro exorta o Primeiro-Ministro a explicar que mercado laboral pretende para o país. “Eu ainda não sei se o Primeiro-Ministro ainda tem mão no grupo parlamentar [do PS], tem alguma dificuldade em ter mão nos membros do Governo, se calhar também tem alguma dificuldade em ter alguma articulação com o grupo parlamentar [do PS]. Gostava de desafiar o Primeiro-Ministro e Secretário-geral do PS a dizer se é este o mercado de trabalho que quer em Portugal, se quer, a partir de agora, dizer aos trabalhadores para, em vez de chegarem a acordo com a entidade empregadora, têm de ir para o tribunal gastar dinheiro e depois esperar o tempo de que não dispõem, para irem buscar o que é seu por direito, as suas indemnizações, para redirecionarem a sua vida”, salientou.
O quarto dia do “Sentir Portugal” na Guarda começou em Pinhel, com uma visita a uma fábrica de componentes para a indústria aeronáutica, e termina com um jantar com militantes e simpatizantes do distrito.