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Luís Montenegro garante que o Programa Económico da AD é “consistente, credível, sólido e exequível”. “Reformar a economia para pôr Portugal no pelotão da frente” é este o propósito da Aliança Democrática para 2024-2028.
“Não temos de ser um país com baixos índices de crescimento económico, de baixos salários, nivelado por baixo, nem fustigado por impostos máximos com serviços públicos mínimos”, afirmou.
Na apresentação do documento, esta quarta-feira, em Lisboa, o líder da AD começou por agradecer à equipa que preparou este programa e elencou os “três grandes objetivos”: “dar ao país uma nova ambição”, “fazê-lo com sentido de responsabilidade” e aplicar “políticas concretas de transformação”.
O Programa Económico de Reformas Estruturais da AD assenta em quatro pilares concretos: reduzir impostos sobre o trabalho e o investimento; apostar na iniciativa privada e na produtividade; melhor Estado, combater a corrupção; e uma economia de futuro.
Luís Montenegro assegura que pretende “permitir que o rendimento do trabalho não seja subtraído na fatia de leão de pagamento de impostos ao Estado”, ou seja, é preciso atender às preocupações fiscais da classe média e dos mais jovens.
Além disso, o líder da Aliança Democrática defende que é preciso “apostar no investimento das empresas” como motor do crescimento económico, que vai dar ao Estado novos instrumentos para “regenerar o contrato social dos cidadãos”.
“Esta ambição não se conforma com o modelo económico que nos trouxe até aqui, não vê Portugal como país votado ao a empobrecimento e a um afunilamento social e económico por falta de intervenção das políticas económicas”, disse.
O líder da AD considera, por isso, que “não basta fazer apresentações”; é mesmo preciso cumprir. “Não propomos caminhos irrealistas e não prometemos tudo a todos. Essa não é a campanha da AD. Não vamos entrar em leilão das propostas e as nossas propostas não nasceram agora. Não estamos aqui para sobreviver e prometer fazer tudo ao contrário daquilo que fizeram [em oito anos]”, referiu.
Para o também cabeça de lista da AD pelo círculo de Lisboa às legislativas de 10 de março, há diferenças óbvias entre os projetos socialista e o da AD: “O PS não defende a baixa de impostos; nós entendemos que baixar os impostos é um instrumento poderoso”.
“A segunda grande diferença é que o PS encara as políticas públicas com uma visão fechada, estatizante e limitada sempre aos equipamentos e funcionários do Estado. São a base, mas não são suficientes. Traz empobrecimento. A nossa visão é de reforma e de transformação dos serviços de Estado em complementaridade [com o setor privado e o setor social/cooperativo]”, acrescentou.
“A economia não o fim da nossa governação. A economia é o instrumento para dar ao Estado a possibilidade de ter políticas publicas e sociais que respondam às necessidades das pessoas. Nunca, como hoje, o Estado social esteve tão maltratado e em crise na nossa democracia”, insistiu.
Luís Montenegro desafiou o secretário-geral do PS a “não esconder o jogo” e a apresentar as propostas socialistas e o cenário macroeconómico em que se baseia.
Leia aqui o Programa Económico da Aliança Democrática.