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Luís Montenegro considera que os números macroeconómicos apresentados pelo Governo contrastam com “o país real”, sobretudo porque há cada vez mais portugueses com dificuldades no dia a dia. “Mais do que o país dos números, preocupa-me o país das pessoas”, afirmou.
Em Leiria, esta quarta-feira, no 2.º dia do périplo “Sentir Portugal”, o Presidente do PSD destacou que “no país real, no país das pessoas, há baixos salários, dificuldades em pagar as contas mais essenciais e há, também, uma grande dificuldade em retenção, nomeadamente, dos nossos jovens, que são uma obra mais qualificada que temos”.
Num dia dedicado à indústria e ao turismo, o líder do PSD constata que há “constrangimentos” que afetam também a atividade das empresas. “Leiria é um distrito altamente industrializado, com uma capacidade empreendedora muito significativa, com boas empresas, mas com empresas que todos os dias têm de lidar com alguns constrangimentos, do ponto de vista dos custos de contexto, dos acréscimos de produtividade e competitividade, para poderem entrar nos mercados e vender os seus produtos”, especificou.
Comentando a taxa de desemprego, que subiu para 7,2% no 1.º trimestre deste ano, Luís Montenegro, assinala que há ainda “lacunas” relacionadas com o desemprego e que atingem muito em especial o setor do turismo, restauração e hotelaria. “Aquilo que nós constatámos foi que as empresas têm necessidade de mais mão-de-obra qualificada e muita dessa mão-de-obra existe em Portugal, mas está a fugir para o estrangeiro, nomeadamente as dezenas de milhares de jovens que todos os anos procuram oportunidades de emprego além-fronteiras, por várias razões, que têm a ver com uma carga fiscal muito elevada, com perspetivas de rendimentos mais elevados, com perspetivas de uma qualidade de vida mais satisfatória para aqueles que são os seus objetivos”, apontou.