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A AD-Aliança Democrática apresentou esta quinta-feira, em Lisboa, o programa para as eleições europeias. Na apresentação, o cabeça de lista, Sebastião Bugalho, acusou o PS de ter atrasado o país na aplicação do PRR na habitação e assumiu a imigração como uma das prioridades para os próximos 5 anos.
O cabeça de lista da AD-Aliança Democrática alertou ainda que a transição energética e digital não pode “deixar a Europa mais pobre ou mais isolada”, defendeu o reforço do pacto de migração como “certeza de que é a única forma de garantir que a imigração ilegal não triunfa”, apelou ao reforço dos mecanismos de imigração legal e comprometeu-se a lutar para que a habitação seja universalizada na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.
Sebastião Bugalho defende “bom senso e realismo” nas matérias europeias e apontou como exemplo o pacto europeu de Migração e Asilo, dizendo que o Partido Popular Europeu contribuiu para o seu sucesso. “Mas queremos mais. Queremos reforçar os mecanismos de imigração legal neste pacto, é assim que temos a certeza de que a imigração ilegal diminui e que não fica entregue a redes de tráfico humano”, disse.
Para Sebastião Bugalho, “só criando os mecanismos certos para a imigração legal, fortalecendo-a e regulando-a” é que há garantias de combate à imigração ilegal.
Numa intervenção de cerca de 25 minutos, Sebastião Bugalho sublinhou que a Europa deverá “flexibilizar regras para responder em devido tempo à crise habitacional que se vive no continente” europeu, passando pelo lançamento de projetos-piloto ao incentivo à criação de mecanismos que animem o mercado.
“Simbolicamente, mas com vista a colocar em prática soluções que venham resolver esta crise, quero anunciar aqui que defenderemos a elevação do Direito à Habitação na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, nós vamos mesmo universalizar este direito”, apontou.
Sebastião Bugalho destacou ainda outra medida que também faz parte do documento: “A criação de um cartão único europeu ‒ a que sugerimos chamar o ‘plus65’ ‒ que dará acesso rápido e privilegiado a todos os cidadãos europeus com mais de 65 anos a serviços públicos, nos aeroportos, em infraestruturas de transporte, museus, espetáculos ou eventos desportivos”, anunciou.
O programa da AD-Aliança Democrática para os idosos prevê também a criação de “uma rede de apoio financeiro europeu a lares e comunidades envelhecidas”. “Nunca mais no século XXI um cidadão europeu terá vergonha de ver lares na televisão, trabalharemos para isso nos próximos cinco anos”, afirmou.
Sebastião Bugalho agradeceu a presença de Pinto Balsemão, a quem elogiou a luta pela liberdade e democracia, e ao seu mandatário nacional, Carlos Moedas, salientando que em 2021 “deu o exemplo” ao não fugir do risco com a candidatura à Câmara Municipal de Lisboa.
Ao longo da sua intervenção, o candidato da AD-Aliança Democrática insistiu, em várias áreas, na necessidade de “bom-senso e realismo”, desde logo na transição energética. “Sem equilíbrio, sem moderação, sem ter as pessoas e as desigualdades entre Estados-membros em conta, será impossível cumprir com uma transição verde sem duas coisas que não interessam a um país como Portugal: ou perder investimento para outros Estados-membros mais ricos ou perder investimento para fora das fronteiras europeias”, assinalou.
Na apresentação do programa eleitoral da AD-Aliança Democrática, intitulado “Voz na Europa”, estiveram presentes os líderes dos três partidos que compõem a coligação: Luís Montenegro, presidente do PSD, Nuno Melo, do CDS-PP, e Gonçalo da Câmara Pereira, do PPM, e o militante número um do PSD, Francisco Pinto Balsemão. Ana Gabriela Cabilhas é a mandatária para a juventude.
O mandatário nacional da AD-Aliança Democrática para as europeias, Carlos Moedas, garantiu que a escolha dos eleitores será entre os extremos que votam “da mesma maneira” em Bruxelas e um PS “que já não tem sonho europeu”.
Carlos Moedas felicitou o Presidente do PSD e Primeiro-Ministro Luís Montenegro pela “grande, grande escolha” do cabeça de lista. “O Sebastião é um homem absolutamente extraordinário, inteligente, capaz, único”, elogiou, considerando que o jovem de 28 anos representa “o sonho europeu”.
O autarca de Lisboa considerou, por isso, que a escolha dos eleitores nas próximas europeias será “simples e clara”.
O programa eleitoral foi coordenado por Lídia Pereira, deputada ao Parlamento Europeu e Presidente do YEPP (juventude europeia do PPE, a família política com maior representação no Parlamento Europeu), contém 32 páginas, uma introdução programática e cinco eixos. Com 111 linhas de ação no total, os cinco eixos são: 1. A Europa que Protege, 2. A Europa que Cresce, 3. A Europa que Cuida, 4. A Europa que Sente e a 5. A Europa Viva.
Consulte aqui o programa eleitoral da AD-Aliança Democrática e conheça as nossas propostas.
