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Luís Montenegro defende “um regime fiscal mais favorável” para os jovens, mesmo que isso implique “romper com algum preconceito” na sociedade portuguesa sobre a concretização de uma medida desta natureza.
Na conferência “Em nome do futuro: os desafios da Juventude”, promovida pela Rádio Renascença e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, esta quinta-feira, em Lisboa, o Presidente do PSD propôs que os jovens paguem “uma taxa de IRS máxima de 15%”. “Se queremos projetar o futuro, as próximas décadas, temos de ousar para os jovens um regime fiscal efetivamente mais favorável”, afirmou.
Para Luís Montenegro, as políticas públicas devem dar resposta às “inquietações e problemas” dos jovens num horizonte de 15, 20 anos – na natalidade, no ensino, na formação e no emprego –, que incentivem a “capacidade empreendedora” da juventude e ponham ao serviço da economia “a geração mais qualificada de sempre”.
O Presidente do PSD reafirmou, em concreto, a urgência de um Programa Nacional de Atração, Acolhimento e Integração de Imigrantes para promover “uma economia competitiva” e assegurar “a sustentabilidade da segurança social”. “E se há melhor maneira de promover um programa destes é atrair jovens para estudar em Portugal (…) Há vários exemplos de países que promoveram programas desta natureza e têm resultados muito significativos, o Canadá, a Nova Zelândia, a Alemanha e a Austrália”, assinalou.
Luís Montenegro considerou também que, no que toca aos salários e à progressão nas carreiras, a administração pública deve dar o exemplo para ser apelativa entre os jovens. E apontou que “um jovem licenciado hoje que vá para a administração pública, quadro superior, começa por ganhar remuneração muito pouco acima do salário mínimo nacional” e a sua “perspetiva de progressão na carreira é muito limitada”, alertando que essa “não é propriamente a forma mais atrativa de ir buscar os melhores”.