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O líder da AD considera que ninguém se pode resignar com um país “que deixa fugir para o estrangeiro os seus jovens”, sublinhando que é preciso criar mais riqueza para reter as pessoas em Portugal.
“Não me resigno, não me conformo com um país que deixa fugir para o estrangeiro os seus jovens, aqueles que são garante da nossa capacidade de criarmos mais riqueza e, através dessa riqueza, sermos mais justos”, afirmou.
Este sábado, em Coimbra, no Encontro Nacional de Autarcas da Aliança Democrática, Luís Montenegro defendeu uma economia pujante, para “criar mais riqueza”. “Só criando mais riqueza, se vão pagar melhores salários e só pagando melhores salários será possível reter aqui os talentos que estão a escapar ano após ano”, frisou.
O líder da AD criticou os governos socialistas por não terem resolvido os problemas de diversas classes profissionais. “Já eles deveriam aproveitar a oportunidade para se reconciliar com os médicos, enfermeiros, agricultores, polícias, militares, funcionários judiciais, com todos aqueles que já perderam a esperança, que já perderam a confiança”, vincou.
O líder da AD apelou a todos os portugueses para que se mobilizem no dia 10 de março. “Não nos vamos deixar também influenciar por nenhum triunfalismo. Nós ainda não ganhámos nada. Eu não quero ganhar nenhuma sondagem. Eu quero ganhar as eleições de 10 de março para mudar a vida de Portugal e para mudar a vida dos portugueses”, disse.
Num discurso que durou cerca de meia hora, Luís Montenegro defendeu as propostas da AD para a saúde, nomeadamente a garantia de médico de família para todos os portugueses, numa resposta que convoca o setor social/cooperativo e privado, a reorganização das urgências hospitalares, a emissão de um vale/voucher para todos os utentes, “sempre que o tempo máximo de resposta for ultrapassado”, assim como um programa de realização de “check-up” anual, tendo por base as boas práticas internacionais, num protocolo personalizado de cuidados de saúde entre prestadores públicos, privados e sociais, numa aposta na medicina preventiva por parte do Serviço Nacional de Saúde.
A valorização das carreiras dos professores, redução do IVA para os 6% na construção, um pacote de medidas para ajudar os mais jovens na compra de uma “casa digna”, e a garantia de que nenhum pensionista ganhe menos do que 820 euros foram outras propostas que abordou ao longo da sua intervenção no Encontro Nacional de Autarcas da AD.
“Nós teremos no dia 10 de março um dia crucial para o nosso futuro. (…) Aquilo que fizermos no dia 10 de março vai ter consequências nas próximas décadas enquanto sociedade, enquanto país”, assinalou.