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O Presidente do PSD critica o Governo por estar a impor um modelo de proteção civil à margem dos bombeiros e, na prática, enfraquece a resposta das corporações. “Vejo com grande preocupação a ausência de um diálogo político e institucional mais transversal no que toca ao desenho e concretização do modelo de proteção civil e da sua relação com a atividade dos bombeiros. Tenho notado um certo enfraquecimento no papel dos bombeiros, dos seus comandos, da sua organização hierárquica face a uma preponderância da proteção civil”, afirmou.
Luís Montenegro, que recebeu o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, esta terça-feira, na sede nacional do PSD, exorta o Primeiro-Ministro e o ministro da Administração Interna “para que usem todo o conhecimento acumulado nas instituições, nas associações humanitárias de bombeiros, para que esta alteração não venha a desembocar em maior confusão e em pior serviço prestado às populações”.
O Presidente do PSD exige também que o Governo e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) “paguem aos bombeiros”, “a tempo e a horas”, não só pelos serviços prestados no combate aos fogos florestais, mas também por toda a atividade assegurada às populações. “O Governo está atrasado no pagamento das despesas que os bombeiros tiveram de arcar nos meses passados com as operações nos incêndios florestais. Isso provoca constrangimentos enormes no funcionamento das associações de bombeiros, quer no pagamento das despesas correntes, quer para todas as outras áreas de socorro”, sublinhou, precisando que o combate aos incêndios representa apenas 7% do trabalho feito pelos bombeiros.
Luís Montenegro lembra que, por causa dos atrasos no cumprimento de responsabilidades financeiras, determinadas corporações e associações de bombeiros estão já num ambiente de “quase pré-falência”.