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Luís Montenegro pretende “estreitar o relacionamento institucional” com o Presidente da República. No final de uma audiência com o Chefe de Estado, na terça-feira, em Belém, Luís Montenegro assegurou que o PSD “tem um respeito institucional absoluto pelo senhor Presidente da República”, pelo que a postura da direção do partido será de “estreitar o relacionamento institucional e a cooperação com o mais alto Magistrado da Nação”.
De acordo com Luís Montenegro, a delegação do PSD, constituída pelos vice-Presidentes Paulo Rangel e Margarida Balseiro Lopes, e pelo Secretário-geral, Hugo Soares, transmitiu ao Presidente da República aquelas que são as preocupações do PSD sobre o atual momento político, em particular “o processo inflacionista em curso, o aumento dos preços nos bens essenciais, na alimentação, na energia, nos combustíveis, na renda da casa e na repercussão do aumento das taxas de juro nos créditos à habitação”.
No que se refere à regionalização, o Presidente do PSD reitera que o país “está perante um processo de descentralização, que dura há três anos e não tem produzido os resultados efetivos”. “Um Governo que, em três anos, numa matéria em que tinha o apoio do PSD, não foi capaz de consumar sequer a transferência de competências e do envelope financeiro essencial, como é que se pode agora abalançar ao objetivo de, em 2024, colocar ao país a decisão de um modelo de regionalização”, interrogou.
Nesse sentido, Luís Montenegro considera que que não faz sentido avançar para “uma discussão estéril sobre o nada [um hipotético referendo à regionalização]”, quando os portugueses se deparam com problemas sociais graves, como o “caos no Serviço Nacional de Saúde”, “o encerramento de serviços e a falta de médicos de família”, ou com um clima económico marcado pela “incerteza”, “a alimentação mais cara”, os “baixos salários” e as pensões igualmente atingidas pela inflação.
“O foco é fazer oposição ao Governo. (…) O foco do PSD é olhar para as pessoas, as famílias, as empresas e as instituições e criar as condições de termos mais economia, mais criação de riqueza, melhores salários e serviços públicos eficientes. Sou absolutamente contra a realização de um referendo em 2024, para que não haja equívocos nesse aspeto”, frisou.
Sobre a posição do PSD em relação à moção de censura do Chega ao Governo, Luís Montenegro expressou que a decisão já foi tomada pela Comissão Permanente e comunicada ao Grupo Parlamentar do PSD. De resto, este tema não fez parte da agenda da audiência em Belém.