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Luís Montenegro acusa o Governo de “manobra de distração” ao remeter o problema dos incêndios para o lado científico e meteorológico, em vez de reconhecer o fracasso quer na prevenção quer na coordenação do combate aos fogos florestais.
Cinco anos volvidos da tragédia de Pedrógão Grande, Luís Montenegro considera que os executivos liderados por António Costa pouco aprenderam com a calamidade de 2017. “Tivemos uma tragédia absolutamente única, no mau sentido do termo. Era expectável que o país tivesse mais meios e capacidade de resposta, e não tem”, afirmou.
O Presidente do PSD critica em particular a postura do ministro da Administração Interna, que, por um lado, repete erros passados e tenta esconder as suas próprias falhas na preparação e na operacionalização de combate aos incêndios e, por outro, envereda pela desresponsabilização permanente “por tudo o que corre mal”, quando o problema dos fogos depende sobretudo da ação do poder executivo.
“Há muita coisa que o Governo não fez, das medidas que podiam ter sido tomadas: a implementação da reforma da floresta, ações que visam prevenir, ter meios de combate. Há medidas que só cabe ao poder executivo tomar. (…) O Governo não pode sacudir responsabilidades”, aponta o líder do PSD.
À entrada de um encontro de verão das comunidades portuguesas do PSD, em Ourém, esta quinta-feira, Luís Montenegro declarou que irá continuar a ter uma “atitude de grande responsabilidade e de respeito por aqueles que estão no terreno”. “Não se tente distrair as pessoas. Não me agrada nada que nos andem a vender que estamos num ano atípico, de vagas de calor. O que não é correto é dirigir para aí e disfarçar o que correu menos bem”, sublinhou.