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Luís Montenegro considera que Portugal “está mal” e “cada vez mais pobre”, porque o socialismo traz “pobreza e dificuldades”. “Nos últimos 27 anos, o Partido Socialista governou 20. (…) Sete anos com António Guterres e António Costa, o que tivemos? Um pântano. A seguir, sete anos com José Sócrates e com António Costa, e o que é que nós tivemos? A bancarrota. E agora, sete anos de António Costa, sete anos e o que temos? Um país mais pobre, um país com as pessoas a amontoarem-se à porta dos hospitais, com escolas com alunos que chegam ao fim do ano sem terem professores em algumas disciplinas, com a nossa economia a ser ultrapassada por todas as economias europeias”, afirmou.
Luís Montenegro falava no comício da Festa do PSD/Madeira, que decorreu este domingo, na Herdade do Chão da Lagoa, nas montanhas sobranceiras ao Funchal, onde acusou António Costa e o Partido Socialista de serem “responsáveis” pelo empobrecimento de Portugal. “Impostos máximos e serviços mínimos. (…) É isto o socialismo”, expressou.
O Presidente do PSD lembra que, numa “altura em que os portugueses, as famílias, as empresas dão mais recursos ao Estado, para o Estado cuidar da vida das pessoas, recebem em troca os piores serviços públicos, desde que há democracia em Portugal”.
Luís Montenegro voltou a exortar o Governo para devolver aos portugueses aquilo que está a “arrecadar” através dos impostos. “É imoral quando as pessoas não têm dinheiro para pagar aquilo que é básico e o Governo esteja a meter o dinheiro das pessoas no bolso e nos cofres do Estado”, apontou, realçando que em Portugal “nunca se pagaram tantos impostos como agora”.
O líder do PSD sublinha que “não vale a pena atirar areia para os olhos das pessoas” face à situação do país e apelou à mobilização dos militantes para “construir com paciência um governo competente para Portugal” e para dar ao PS uma “temporada muito grande na oposição”: “Vamos juntar-nos, vamos unir-nos, vamos estar junto do povo, vamos falar daquilo que interessa às pessoas, vamos dizer ao Governo que está a ganhar dinheiro com o aumento dos preços em Portugal e não está a saber estar ao lado daqueles que não têm dinheiro para pagar as contas no final do mês. Vamos dizer que hoje a alimentação está mais cara, hoje a energia está mais cara, hoje o gás está mais caro, hoje os combustíveis estão mais caros, mas o Governo está a arrecadar mais receita”.
Luís Montenegro garantiu apoio do PSD no aprofundamento do sistema autonómico, nomeadamente através da revisão da Lei das Finanças Regionais e no reforço do Centro Internacional de Negócios.
“Os socialistas fizeram tudo para prejudicar a Madeira. Na Madeira, não entra o socialismo. Na Madeira, a social-democracia estará à frente de todas as ideologias. (…) Vamos construir com paciência um governo para Portugal, dar a Portugal o que a Madeira já tem”, referiu.
Antes, à chegada à Herdade do Chão da Lagoa, Luís Montenegro falou sobre o aeroporto de Lisboa, criticando o Governo, por adiar uma obra que, em sete anos, “o Partido Socialista não conseguiu colocar no terreno”, mas que “nos últimos tempos tem sido alvo de uma tentativa de encostar a responsabilidade de decidir para o PSD”.
“Eu quero ser muito claro: o PSD é um partido responsável, é um partido que entende que estas obras estratégicas, estruturantes, devem merecer um consenso tão alargado quanto possível, mas não vamos inverter os papéis”, assinalou.
Luís Montenegro reafirmou que o PSD vai procurar dar todas as contribuições sérias para que se encontre uma solução aeroportuária “para as próximas décadas”, mas insistiu em que a responsabilidade pela atual situação é do Governo socialista, liderado por António Costa. “Repito: só há hoje uma questão em aberto para decidir porque houve uma incompetência enorme do Governo nos últimos sete anos”, declarou.