O líder do PSD acusa o Governo de “falta de vontade política” para resolver os problemas da agricultura. “Pude comprovar, mais uma vez, que falta em Portugal uma força com vontade política clara e inequívoca e com capacidade de ação no Ministério da Agricultura”, afirmou.
No segundo dia do “Sentir Portugal”, esta terça-feira, e após visitar uma unidade de criação de gado ovino e bovino e de se reunir com agricultores em Figueira de Castelo Rodrigo, Luís Montenegro lembra que nem sequer se sabe quem ocupará a pasta da Secretaria de Estado da Agricultura, um mês após a demissão da anterior titular, Carla Alves. “Continuamos sem saber quem será, se será, a secretária de Estado da Agricultura. Os agricultores e os autarcas também estão sem saber o que vai acontecer às Direções Regionais de Agricultura, vão ou não ser integradas nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, vão sair dos locais onde estão instaladas, os interlocutores vão ter autonomia para poder decidirem apoios de forma mais célebre e não estarmos desde março a obterem respostas de candidaturas que foram feitas que estão quase a cumprir um ano”, frisou.
Segundo Luís Montenegro, a atual ministra da Agricultura “não tem peso político”, quando se sabe que “a maior parte dos agricultores continua a queixar-se de excesso de burocracia, de atraso nas ajudas que são prometidas, nomeadamente para fazer face aos momentos de maior problema”.
“É um dia para apelar ao Governo que deixe de estar fechado em si próprio, nos casos, nas polémicas, e olhe para a vida das pessoas”, acrescentou.
Como nota positiva, o líder do PSD saúda todos os portugueses, como os jovens casais, que, “perante as adversidades”, “decidem apostar na agricultura e na pecuária”. “Uma agricultura pujante é sinónimo de desenvolvimento do país, uma agricultura apoiada é sinónimo de coesão territorial, uma agricultura que possa ter viabilidade e ter bons produtos e possa ser rentável a quem cultiva a terra ou tem explorações pecuárias, essa agricultura fixa as pessoas”, disse.