Luís Montenegro: Dr. Costa, preencha o questionário e diga ao país se tem confiança no Governo

14 de janeiro de 2023
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Luís Montenegro acusa António Costa de querer passar a responsabilidade para outros, a propósito do questionário que criou para escrutinar os futuros governantes.

Intervindo no 39.º aniversário dos Trabalhadores Social Democratas, em Vagos, esta sexta-feira, o Presidente do PSD desafia o Primeiro-Ministro a aplicar o mecanismo de fiscalização prévia, ou seja, o questionário das 36 perguntas, ao seu Governo. “Este questionário não é para resolver nenhum problema do país, é só para resolver um problema do doutor António Costa, mas o problema é ele, que não sabe escolher ou escolhe mal. O problema é ele, que não quer assumir a responsabilidade e passá-la às pessoas e quer arranjar maneira de que, qualquer dia, ninguém queira ir trabalhar com ele. Se ele acha que trabalhar com ele é preciso responder aquele questionário, então a primeira coisa que ele tem de fazer é dar já a quem já está a trabalhar com ele a folha para ser preenchida, para ele verificar se está ou não em condições de garantir a confiança daqueles que trabalham com ele, hoje. Senhor António Costa, tenha coragem, dê os questionários aos seus ministros e secretários de Estado e depois diga ao país se tem ou não confiança em todos os membros do seu Governo”, assinalou. 

O líder do PSD apelou ainda ao Primeiro-Ministro para que “governe a favor dos cidadãos”. “Eu quero dizer ao doutor António Costa, deixe-se de habilidades, de truques, de subterfúgios, de andar a minar a comunicação social com questões laterais, deixe de ter uma máquina a mandar lama para os seus adversários. Governe a favor das pessoas, governe a favor do crescimento da economia e da transformação dos nossos serviços públicos para servirem os nossos cidadãos”, disse.
 

luis montenegro em vagos

Os governos socialistas nivelam tudo por baixo  

Em concreto, Luís Montenegro critica os governos socialistas de nivelarem a sociedade por baixo, criando uma “sociedade desequilibrada, injusta e pobre” e cada vez mais dependente do Estado. 

Além dos 1,9 milhões de portugueses que estão no limiar da pobreza e dos 4 milhões que estariam no limiar da pobreza se não recebessem apoios sociais, o líder do PSD recorda que “há cada vez mais portugueses que ganham o salário mínimo nacional”.

De igual modo, Portugal não pode continuar a ter pessoas que se levantam para trabalhar e, no final do dia tenham um rendimento inferior a quem não tem esse esforço. “É que há gente que trabalha e que no final do dia consegue ganhar menos dinheiro do que gente que não trabalha e isto é um sinal de pobreza. Isto é talvez a melhor imagem de pobreza de uma comunidade, de um país”, sustentou.

Luís Montenegro considera que “não nos podemos conformar” com “uma sociedade desequilibrada, injusta, pobre” e sem oportunidades. “O país precisa efetivamente muito de nós, não pode continuar muito mais tempo a ser governado com esta irresponsabilidade, ligeireza e incapacidade de tratar do que é de todos, do futuro de todos”, referiu.

Ao longo do seu discurso, Luís Montenegro vincou ainda que não se consegue “suportar mais uma governação que chega a um pântano, uma bancarrota ou a um estado de empobrecimento” que coloca Portugal na cauda da Europa. Pelo contrário, sublinhou Luís Montenegro, “o PSD é um partido que valoriza o trabalho, o esforço, o mérito, que valoriza a capacidade que cada um dá para criar riqueza e todos vivermos melhor”.