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Luís Montenegro volta a apelar a António Costa para que baixe os impostos aos portugueses. “Vamos deixar as palavras, dr. António Costa, deixe de dizer que é fazedor e faça, deixe de dizer que quer fazer um contrato e execute-o. Baixe os impostos, há condições para baixar os impostos, só não baixa os impostos se não quiser”, afirmou.
Em Alter do Chão, esta terça-feira, no 3.º dia do “Sentir Portugal em Portalegre”, o Presidente do PSD criticou ainda a posição do Governador de Portugal, Mário Centeno, em relação a esta matéria. “Baixe os impostos [António Costa] sobre o rendimento do trabalho em 2023, porque a receita fiscal e contributiva está provado – venha o dr. Centeno dizer o que ele quiser – está acima daquilo que está inscrito no Orçamento do Estado, está muito acima, está mais de 2.000 milhões de euros acima daquilo que é o objetivo para todo o ano, nos primeiros sete meses do ano”, alertou.
Nesse sentido, referiu o líder do PSD, “a classe média trabalhadora chega ao fim do mês e é confrontada com o aumento dos preços que a inflação trouxe ao nível da alimentação, da energia e também da habitação, seja no arrendamento seja nas prestações do crédito à habitação, para quem para quem tem esse encargo, em especial, os jovens a quem propusemos uma discriminação ainda mais acentuada”.
De acordo com Luís Montenegro, “se o doutor António Costa quiser trair a classe média portuguesa, vai insistir em não baixar os impostos em 2023 e alimentar a expectativa de o fazer só para o futuro, porque no próximo ano teremos uma campanha eleitoral”.
O Presidente do PSD acusou, igualmente, o Governo de ignorar o setor primário, que “não tem tido a atenção que merece enquanto fator de desenvolvimento económico do país, de equilíbrio social e (…) promotor da coesão”.
Luís Montenegro sublinha que a produção agrícola, pecuária e florestal são “essenciais para a nossa autonomia e soberania alimentar” e alavancam o turismo, o comércio e serviços e a indústria.
Sobre a reunião do Conselho de Estado de hoje, o líder do PSD espera que o Primeiro-Ministro dê as explicações que ainda não deu no encontro do órgão consultivo do Presidente da República que se realizou em 21 de julho. “[O Primeiro-Ministro] já teve muito tempo para estudar as respostas”, concluiu.