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Mais do que um debate Orçamental, Adão Silva considera que os dois dias de debate se converteram numa extensa Moção de Censura ao Governo e na morte da geringonça. Para o líder parlamentar do PSD, esta “aliança contranatura”, que sobreviveu de sobressalto em sobressalto, até ao assalto final, “morre hoje, aqui, no meio do azedume, das acusações mútuas e de uma irascibilidade que irá crescer nos próximos tempos, com insultos à mistura, a que já assistimos esta manhã.”
No encerramento da discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2022, Adão Silva acusou o governo de ser o responsável por Portugal continuar a regredir face aos nossos parceiros da União Europeia e a caminhar para a cauda da Europa. Enquanto os outros Países avançam, refere o social-democrata, nós recuamos.
“Estamos a recuperar economicamente da crise pandémica, mas mais lentamente do que os outros. Os serviços públicos não funcionam e não respondem às necessidades dos Portugueses. Da saúde, à educação, da segurança social à justiça. Os impostos atingem níveis insustentáveis. As desigualdades sociais são a nossa chaga, mais viva. As empresas são maltratadas e as entidades patronais são vexadas na praça pública.”
Em simultâneo, lamenta o líder da “bancada laranja”, o país assiste à situação desastrosa da implantação da rede de telecomunicações móveis 5G, por culpa do Primeiro-Ministro. “Foi o senhor que escolheu, propôs, fez aprovar e nomeou o Presidente da ANACOM, o Dr. Cadete de Matos, seu amigo do peito”, disse o deputado a António Costa. Adão Silva desafiou mesmo o Primeiro-Ministro a falar com “o seu amigo”. “Diga-lhe o que tem de sair desta abulia, deste estado de “far niente”, dar corda aos sapatos e implementar a rede de telecomunicações fundamental para Portugal. Chame-o já, hoje mesmo, se possível, ao seu gabinete e ponha fim a esta vergonha. Claro que há um problema: enquanto o leilão do 5G se arrasta sem fim à vista e o futuro dos Portugueses fica comprometido, o Dr. Cadete, o amigo Cadete bronzeia-se, dança e diverte-se nas Caraíbas. Tudo num “dolce far niente” e nós todos a pagar, pois claro.”
A terminar, Adão Silva garantiu que, apesar da dúvida sobre a dimensão e a especificidade do pântano que o País vai, pela terceira vez, herdar do governo do Partido Socialista, o país pode ter a certeza de que “o PSD cá estará disponível, como sempre, para reerguer Portugal e dar esperança aos Portugueses.”