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O PSD acusou esta quinta-feira o Governo de não ter a competitividade no centro das suas prioridades, alertando que “não é possível ganharmos a luta do crescimento, quando a nossa economia perde gradualmente capacidade competitiva no quadro internacional e em particular com os países com que mais comparamos”.
Num debate marcado pelos social-democratas sobre “Competitividade: um desafio urgente para Portugal”, o vice-presidente da bancada Afonso Oliveira fez o diagnóstico de um país cuja economia está estagnada há duas décadas – “20 anos perdidos” que correspondem maioritariamente a governos do PS – e elencou os principais estrangulamentos da competitividade da economia portuguesa, realçando um sistema de “justiça muito ineficaz”, um “sistema fiscal punitivo” para o emprego e o trabalho e um “dramaticamente” baixo nível de investimento público.
De acordo com o deputado social-democrata, “esta crise veio mostrar as debilidades estruturais da economia portuguesa, que nos têm empurrado sistematicamente para o lugar dos países mais pobres da Europa”.
Já relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o PSD deixa um alerta sobre “a capacidade do governo de absorver com eficácia e qualidade os fundos” europeus, plano esse “que peca também pelas opções erradas que faz quando opta por apoiar insuficientemente a economia e as empresas”.
Sublinhando que o PSD está do lado das soluções, Afonso Oliveira recordou as propostas que os social-democratas apresentaram em outubro de 2020, para resposta à pandemia. Entre outras, medidas para um sistema fiscal mais competitivo e menos pesado para empresas e famílias, para a capitalização das empresas, para um funcionamento da justiça mais eficiente e eficaz, ou para a melhoria das qualificações e formação do capital humano.
Acusando o Governo e o PS de preferirem “a sua própria narrativa” à realidade, o deputado do PSD defende que “é fundamental termos uma visão e objetivos estratégicos de médio e longo prazo que projetem Portugal para um outro patamar no quadro europeu”. “Não chega propaganda”, acrescentou.