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Luís Montenegro desafiou o Primeiro-Ministro a responder às perguntas feitas pelo PSD sobre a alegada intromissão no Banco de Portugal e sobre a resolução do Banif, acusando o Executivo socialista de se “baldar ao esclarecimento”.
No jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PSD, esta quarta-feira, Luís Montenegro recordou que os deputados social-democratas colocaram, em 23 de novembro, 12 “perguntas diretas” ao Primeiro-Ministro, sobre as acusações do ex-governador do Banco de Portugal, não obtendo até agora qualquer resposta. “Eu quero perguntar porquê senhor Primeiro-Ministro? Então, afinal, não se passava nada, não tinha tudo falta de sustentação, não era tudo atentatório da honra? Então era fácil de responder, está na hora de responder. Não responde, porque é este o padrão deste Governo”, desafiou.
O líder do PSD acusou António Costa de se comportar como o novo “dono disto tudo”, por adotar “uma pose majestática, imperial, de quem tem a maioria absoluta” no Parlamento, nas câmaras, nas juntas de freguesia e no Parlamento Europeu. “Este Governo quer que tudo fique sempre na mesma. Em bom rigor, este Governo não queria ter a maioria [absoluta], este Primeiro-Ministro não queria a maioria absoluta, era melhor não ter a maioria absoluta, porque assim tinha a desculpa para não fazer nada”, sublinhou.
Luís Montenegro contabiliza em mais de 20 o número de governantes que o PS já impediu de prestar esclarecimentos no Parlamento. “Agora baldam-se ao esclarecimento, é um Governo que não merece a maioria que tem”, considerou.
Luís Montenegro criticou António Costa por estar a dizer para “nos habituarmos ao que o Governo faz”. “O país está a empobrecer, habituem-se, há falta de médicos de família, habituem-se, faltam professores nas escolas, habituem-se”, criticou, salientando que o PSD “não se quer habituar a um país nivelado por baixo”. “Nós aceitamos as regras da democracia, mas não desistimos de dizer a Portugal que vamos dar a volta a esta situação”, assinalou.